Morte de dono de academia em Feira de Santana pode ter sido motivado por questões financeiras, diz delegado

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Informações fornecidas pela suspeita não estão batendo com os elementos coletados pela Polícia Civil

No dia 22 de abril de 2025, Edmárcio Azevedo de Jesus, de 51 anos, conhecido como “China”, foi encontrado morto em sua residência na Avenida Lucilândia, bairro Gabriela, em Feira de Santana. Ele era proprietário de uma academia de musculação na cidade.

Foto: reprodução/rede social

O corpo da vítima foi localizado por um de seus filhos. Edmárcio estava deitado na cama e apresentava cinco perfurações provocadas por disparos de arma de fogo: três no lado esquerdo do peito, um na cabeça e outro na mão esquerda. A arma utilizada no crime foi uma pistola calibre .380.

No dia 25 de abril, uma mulher de 30 anos, que trabalha como segurança patrimonial, se apresentou espontaneamente à Delegacia de Homicídios e confessou o assassinato do empresário. Ela alegou que o assassinato foi motivado por ameaças e episódios de violência. Segundo a autora, ela conheceu a vítima quando frequentava sua academia e os dois se envolveram amorosamente durante o processo de separação dela com o ex-companheiro. Ao tentar encerrar o relacionamento e retomar a antiga relação, passou a ser perseguida e ameaçada por China, que dizia que mataria ela, o companheiro e os filhos.

Após confessar o homicídio, a suspeita foi ouvida e liberada.

Delegado Alisson Carvalho atualiza investigação sobre homicídio:

Foto: Sotero Filho/ Casos de Policia FSA

Em entrevista exclusiva ao repórter Sotero Filho, do site Casos de Polícia FSA, o delegado Alisson Carvalho, responsável pela presidência do inquérito que apura o homicídio, forneceu novas informações sobre o andamento das investigações.

Até o momento, sete testemunhas foram ouvidas, e a perícia no local do crime foi conduzida com rigor técnico. Uma mulher se apresentou espontaneamente à polícia, assumindo a autoria do crime e alegando ter agido sozinha. Inicialmente, ela não era considerada suspeita, mas sua versão está sendo analisada em conjunto com outras evidências coletadas. A polícia não descarta a possibilidade de envolvimento de terceiros e segue investigando essa linha.

Uma das hipóteses levantadas é de que o crime tenha sido motivado por questões financeiras. Foi descoberto que a vítima costumava guardar grandes quantias em dinheiro em sua residência, cerca de R$ 10 mil. No entanto, durante a perícia, não foi encontrado nenhum valor significativo no local, o que reforça a especulação de que o dinheiro possa ter sido subtraído antes da chegada da polícia.

A investigação está em andamento, e a Polícia Civil trabalha para esclarecer todos os detalhes do caso e identificar os responsáveis, caso haja mais de um envolvido. O objetivo é proporcionar respostas à família da vítima e à sociedade, garantindo que a justiça seja feita.

Foto: Sotero Filho/ Casos de Policia FSA

Crime Planejado:

O crime apresenta características que indicam um planejamento minucioso, mas sua execução foi realizada de forma grosseira. “Percebemos que o crime teve cuidados minuciosos, mas a execução foi bem grosseira. Isso nos leva a questionar se houve participação de uma terceira pessoa: uma para planejar e outra para executar”, afirmou Alisson.

Além disso, o delegado destacou que as investigações estão sendo conduzidas com rigor técnico, incluindo a análise do histórico da vítima e entrevistas com pessoas próximas. “Estamos ouvindo pessoas que tiveram relacionamentos mais duradouros com ele. Todas afirmam que ele era uma pessoa pacífica, que não levantava a voz para ninguém”, ressaltou.

A polícia civil não descarta a possibilidade de envolvimento de terceiros e continua a busca por mais evidências e testemunhas para esclarecer completamente o caso. “Estamos trabalhando arduamente para fechar todos os pontos e trazer uma investigação clara e minuciosa, que esclareça tudo para os familiares e para a sociedade”.

De acordo com delegado, algumas informações prestadas pela mulher que se apresentou como autora do crime não coincidem com os dados obtidos nas investigações. “Percebemos que algumas informações fornecidas por ela não estão batendo com os elementos que coletamos”, afirmou Alisson. Ele destacou que a polícia está trabalhando para confirmar essas discrepâncias e esclarecer todos os aspectos do caso.

Foto: Sotero Filho/ Casos de Policia FSA

Informações fornecidas pela suspeita não estão batendo com os elementos coletados pela Polícia Civil

Informações: Casos de Polícia FSA/ Sotero Filho e Messias Teles.

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