Nesta quinta-feira (5), a delegada Juliana Fontes Barbosa, que recentemente assumiu o comando do Departamento de Proteção à Mulher, Cidadania e Pessoas Vulneráveis, realizou uma visita oficial à cidade de Feira de Santana. Durante a agenda, Juliana acompanhou de perto os trabalhos da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM), sob a coordenação da delegada Lorena Almeida, que atua diretamente no combate e enfrentamento à violência contra a mulher na região.

Além disso, a visita também marcou o anúncio da nova titular da Delegacia para o Menor Infrator, que passa a ser a delegada Clécia Vasconcelos, responsável por fortalecer as ações voltadas para a proteção e reabilitação de adolescentes em conflito com a lei.
A delegada Juliana Fontes, que lidera o departamento estadual, ainda participou de uma importante ação social na cidade, entregando cestas básicas para mulheres em situação de vulnerabilidade. Essa iniciativa faz parte do conjunto de políticas públicas que o departamento vem implementando para oferecer suporte integral às vítimas de violência e promover a cidadania.

A delegada Juliana Fontes, em entrevista ao site Casos de Polícia FSA, explicou o objetivo da visita a Feira de Santana: “Minha vinda à cidade ocorreu após constatarmos que, mesmo depois da terceira caminhada contra a violência contra a mulher, ainda havia cestas básicas disponíveis. Por isso, para acompanhar esse ato de solidariedade e justiça, realizamos a entrega em parceria com a Corpin e a Delegacia da Mulher, beneficiando todas as mulheres e locais previamente identificados como prioritários.”
Juliana destacou o compromisso do departamento: “O nome do departamento está sempre na luta, especialmente em defesa das mulheres. Quero parabenizar a Polícia Civil pelo trabalho realizado, assim como a Corpin e a Delegacia da Mulher. Estaremos sempre presentes em Feira de Santana para apoiar todas as ações desenvolvidas, além de participar ativamente das iniciativas de proteção à mulher vítima de violência, às crianças e aos adolescentes em situação de vulnerabilidade.”

A importância da denúncia na prevenção da violência doméstica
A delegada também enfatizou a relevância da denúncia na luta contra a violência doméstica, combatendo o estereótipo de que “em briga de marido e mulher, ninguém mete a colher”. “É fundamental intervir e denunciar, pois denunciar salva vidas. Muitas mulheres chegam à Delegacia da Mulher graças a denúncias feitas por terceiros. É nossa obrigação agir, ir ao local e proteger essas vítimas”, afirmou.
Ela explicou que, frequentemente, as mulheres vítimas de violência hesitam em buscar ajuda, mas a intervenção das autoridades pode ser decisiva para garantir o acesso a uma rede de proteção. “Quando levamos a mulher à delegacia, ela passa a conhecer toda uma rede de atendimento — serviços sociais, apoio psicológico — que a fortalece para romper o ciclo da violência”, acrescentou.
A delegada alertou para o ciclo vicioso da violência, que tende a se repetir e a se agravar, especialmente na violência física. “O feminicídio é um crime premeditado e representa a ponta do iceberg. Muitas mulheres voltam para o agressor após denúncias, e a violência se intensifica”, explicou.
Ela ressaltou ainda a importância do telefone 180, canal de denúncias que funciona 24 horas por dia, sete dias por semana. “Mesmo que a mulher não queira formalizar uma denúncia, ligar para o 180 é fundamental. O serviço oferece orientação, esclarece direitos e proporciona um atendimento humanizado. Esse canal conecta diretamente à Delegacia da Mulher, onde todas as denúncias são apuradas.”
Por fim, Juliana Fontes reforçou o papel da sociedade na prevenção e combate à violência contra a mulher: “Se você presenciar ou desconfiar de alguma situação de violência, denuncie. Intervir pode salvar vidas.”
Ouça a entrevista com delegada Juliana Fontes:

Casos de Polícia FSA, informações Sotero Filho e Messias Teles